quinta-feira, 27 de junho de 2024

Farmers’ market (w-i-p )

 Farmers’ market

 

Though the brown bags of organic rice

dwindle and cost us um olho da cara      bananas

are stacked in full cornucopia:      the green

the yellow   and the aging    in their encroaching

stains of brown    just perfect for the penelopes

who perch in waiting in our own backyard.    

Mangoes are here in defiant heaps   anxious to

show off their succulence     avocados sit like 

a  healthy capsule of the local  on their curvy bottoms

while  broccolis curl in  shrunken plummage. 

Inside their jagged armor    the  artichoke

hearts are hardening   to the humans who juggle

price vs. taste          tomatoes have been

 squeezed and picked through   and  left to leak

a thinning blood into the bottom of their boxes  

and there’s not much lettuce or cucumber with this

rainfall in its coming and goings    spurts of too much

and months of too little.  Like any latecomer 

I shuffle remainders      the die-hard apples

 the weathered strawberries    and  the  thinning

mounds of onion and garlic     pure  staples of flavor 

for our steaming dinners as the cold months head in:   

moments of sharing our darkest fears

our treasured acquaintance with truce and peace    

our shelter - for now or forever ? -   from

deprivation.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

LARANJAIS E CONTOS DE FADAS Diane Wakoski

 

A casinha de bonecas de papel, quase invisível

no mar de laranjais, iluminado apenas pelas chamas

oscilantes de um incêndio de lixo

A casinha de salto alto, molhada pelo surfista

de cabelos loiros, iluminada apenas pela

luz do luar, refletida num Frisbee

A casa dos marinheiros e dos bêbados,

a casa onde a menina se escondeu num armário com seu livro,

a casa com flamingos cor de rosa no espelho da sala

a casa onde o piano se erguia rigidamente como uma solteirona

sentada num baile

Estas casas nunca tinham escadarias espaçosas

ou prata nos aparadores, nunca tinham

Steinways pretos, suas tampas abertas

à seda e à fumaça do charuto,

nunca tinham quartos cobertos de

estantes de livros, com carvalho velho, couro,

nenhum vinho do porto numa cava, e ela nem era

a menina do papai, apenas uma criança em forma de xale,

tornozelos e pulsos grossos, criança idosa,

uma pequena bruxa

em uma casinha,

na floresta - na verdade,

no sul da Califórnia o nome é

laranjal.


tradução:  Miriam Adelman


Para ver o original:

https://www.rattle.com/orange-groves-fairy-tales-by-diane-wakoski/

sábado, 13 de abril de 2024

Young lady on a white horse.

 

 

Young lady on white horse

 

Stopping dead in her tracks

I couldn’t tell if it was acquiescence

Or reproach.  Still I shot – I was new to the trade

Avid hunter of images  and what could be

More perfect:  the light reflecting up from

The white of a mane and flooding her

Face,  its pride or consternation.   A mare

With a wide chest.  Their clarity amidst

A blur of other bodies.  A blur of green bushes

I turned into all those tones of grey.

That was long ago.   Young but already

Bending into the wicked curves of the road

At full gallop.  Late lunch at the church

And men downing their beers, laughing and

Gurgling into the overcast afternoon.   She’s

Looking down at me now, still enigma.

Still my best shot ever.

 


 


sábado, 14 de outubro de 2023

Segunda edição/Second edition!


https://clubedeautores.com.br/books/search?where=books&what=Found%20in%20Translation&fbclid=IwAR2UdyrlekYImAzr-_Os9kZN8oSvE5ABwsW_VM9oPm5ugAGqGjq2cSSMy28


"In the heart of words, Found in Translation, in the sweetness of languages: Miriam Adelman here in poetry – her love for the world in the calm of Saturdays, the splendor of the high-speed moment on a road that is the immensity of the horizon rendered possible. Oceans roll on without names and it is after the rains that the red crumbs of earth sparkle and then we look at what we have and can touch whatever the weather, the bicycle wheel, the seasons, and the harbor lights. There are hands that have been waiting for months hands of water hands that follow the surface and the depths hands that sing and make us dance..."


"No coração das palavras, Found in translation, no dulçor das línguas: Miriam Adelman aqui em poesia – o amor pelo mundo na calmaria dos sábados, o resplendor do instante de alta velocidade numa estrada que é imensidão do horizonte feito possível. Oceanos rolam sem títulos e é depois das chuvas que os farelos vermelhos cintilam e então olhamos para o que temos e podemos tocar o que seja o tempo, a roda da bicicleta, as estações e as luzes do porto. Temos mãos de meses de espera mãos de água mãos que acompanham a superfície e o profundo mãos que cantam e fazem dançar..."


Luci Collin.



Farmers’ market (w-i-p )

  Farmers’ market   Though the brown bags of organic rice dwindle and cost us um olho da cara       bananas are stacked in full corn...