domingo, 11 de outubro de 2015

Hino para as horas noturnas/ After Hours Anthem by Kendra DeColo

do livro, Thieves in the Afterlife.


Let's return to aisles of mollusks and fire
escapes, this world where bodies gleam

in fresh supplies of moonlight and a DJ
hems pulse to echo.  Let's return to fields

of discarded knives.  Infinite aquariums
and fingernail files.  Let's re-enter and loot

the sheen from every shade of blue, the
curl of dissonance from tongued

 anthems.  You say you only have room
for sadness, smuggled over the border

for when you need to feel human again,
to remember the kiss of smoke and gin,

cursive of rain between a woman's legs.
What does misuse and superfluous mean

in this over-stocked world?  The get-away
car is revved, my dress camouflaged

 with streetlamps and crows.   Won't  you
take sips with me from this spill

of bootlegged heaven, say fuck it
to eternal sleep, and fill our pockets

with the canteen of every song,
every mouth burning in the choir?

Won't you stand with me, guiltless,
and praise all we're still waiting to become?



 Retornemos aos corredores de moluscos e escadas
de incêndio, esse mundo onde os corpos brilham

com cargas frescas de luz de lua e um DJ
transforma pulso em eco.  Retornemos aos campos

de facas descartadas.  Infinitos aquários
e lixas de unha.  Retornemos para saquear

o fulgor de cada tom de azul, a
curva da dissonância de hinos

improvisados.  Você alega apenas ter espaço
para a tristeza, contrabandeada pela fronteira

quando  precisar de novo se sentir  humano,
lembrar do beijo de fumaça e gin,

a cursiva da chuva entre as pernas de uma mulher.
O que significa o mal uso e o supérfluo

neste mundo de super-estocagens?  Está aquecido
o motor do carro de fuga, meu vestido camuflado

com corvos e luz dos postes.  Você não quer
sorver comigo deste derrame de

paraíso clandestino, dizer foda-se
ao sono eterno, encher os bolsos

do cantil de cada canção,
 de cada boca que arde no coro?

Não ficará do meu lado, sem culpas
 para louvar tudo que ainda esperamos ser?



Tradução:  Miriam Adelman





Nenhum comentário:

Postar um comentário

LARANJAIS E CONTOS DE FADAS Diane Wakoski

  A casinha de bonecas de papel, quase invisível no mar de laranjais, iluminado apenas pelas chamas oscilantes de um incêndio de lixo ...