quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Louise Bogan (1887-1970)

Women

Women have no wilderness in them
They are provident instead,
Content in the tight cells of their heart
To eat dusty bread.

They do not see cattle cropping red winter grass,
They do not hear
Snow water going down under culverts
Shallow and clear.

They wait, when they should turn to journeys
They stiffen, when they should bend.
They use against themselves that benevolence
To which no man is friend.

They cannot think of so many crops to a field
Or of clean wood cleft by an axe.
Their love is an eager meaninglessness
Too tense, or too lax.

They hear in every whisper that speaks to them
A shout and a cry.
As like os not, when they take life over their door-sills
They should let it go by.

Mulheres

Mulheres não têm nelas a terra selvagem.
São precavidas em lugar disso.
Satisfeitas no compartimento quente dos seus corações
A comer pão endurecido

Elas não enxergam o gado que mastiga a erva vermelha do inverno
Elas não escutam a água
Da neve que derrete, descendo pelos bueiros
Rasa e clara

Elas esperam, quando deveriam pegar a estrada
Elas enrijecem, quando deveriam se dobrar
Elas usam contra elas mesmas essa benevolência
Que homem nenhum irá apreciar

Elas não se perguntam sobre os plantios que cabem num campo
Nem sobre a madeira limpa clivada pelo machado
Seu amor é um vazio ansioso
Muito tenso, ou muito lasso

Em cada susurro que lhes falam, ouvem
um pranto ou um bramir
Como quando, queiram ou não
Recolhem a vida pela soleira

Em vez de deixá-la ir.

Versão:  Miriam Adelman & Takeshi Ishihara


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