This is a morning that was meant to be beautiful. I open the shutters onto a quiet neighborhood,
but here it is always quiet, even at
9:00 on a Friday, when many of those who have work and school routines are
already out. I can hear the birds
outside, busy at their communication, but again, that is the way it always
is. We’ve had days of zero rain, perfect sun - perfect to
hang out blankets and clean laundry and soak in our 15 recommended minutes per
day – but in the reservoirs of the city, levels are dropping, a warning that even that simplest of pleasures may carry ill omen. I don’t want to read the news this morning,
need to preserve some morning calm and the chance to throw myself into my
pages, for at least several hours, but somehow have not been able to block the
British scandal sheet that pops up from time on my screen, always with the worst of it all. (Which celebrities have succumbed, soaring number of new cases, delusions of cure...) I grab a sweatshirt from my open wardrobe, so proudly finished
last year, after over 20 of living in this house we built, but rather than admiring my persistence or
its design, or admonishing myself over the ease with which my organization
turns into mess, I wonder about the dresses that are hanging there, the folded
sweaters, the pairs of different colored jeans, the two suitcases nestled away
on the overhead shelves, and wonder when I will ever use any of this
again. Last night I dreamt that two very
dear friends from a Central American country had come to visit me, and how I
was torn between the joy and the apprehension of their surprise arrival. And when I awoke, I thought of my niece,
caught in the newest epicenter of the crisis, and of the rising red alert. And
about how despite the fact I have envied the friends who live out the country
surrounded by their dogs and horses and almost able to live “life as usual” (inveja da boa, as we say around here!) I
am still in this little corner where the birds always sing, and it is always
quiet, and we can almost feel that it is just an ordinary morning, and go on with our work –
and for now, that makes us lucky.
("bringing words together") poesia, crônica, fotografia, tradução//poetry, stories, photography, translation ///// /// ©miriamadelman2020 Unauthorized reproduction of material from this blog is expressly prohibited
sexta-feira, 27 de março de 2020
quinta-feira, 26 de março de 2020
Lockdown by Brother Richard
Há medo sim.
Há isolamento sim.
Há pânico de compras sim.
Há doença sim.
Porém
Dizem que em Wuhan após tantos anos de barulho
Se escuta de novo o cantar dos pássaros
Dizem que após apenas algumas semanas de quietude
Afinaram as nuvens de fumaça no céu,
Agora azul e cinza e claro.
Dizem que nas ruas de Assisi
O canto que as pessoas entoam,
umas para outras, atravessa as praças vazias,
E elas deixam suas janelas abertas
para que os que estão sozinhos
possam escutar sons de família
ao seu redor.
Dizem que um hotel no oeste da Irlanda
Está oferecendo refeições de graça com entrega
Para os confinados.
Hoje uma moça que conheço
Ocupa-se espalhando panfletos com seu
Número de telefone pelo bairro
Para que os velhinhos tenham a quem chamar
Hoje igrejas, sinagogas, mesquitas e templos
Se preparam para dar as boas-vindas
E abrir suas portas aos sem-teto, aos doentes e
Fatigados.
No mundo inteiro as pessoas já desaceleram,
refletem.
No mundo inteiro as pessoas já olham para
seus vizinhos de forma diferente.
No mundo inteiro as pessoas já acordam para
uma realidade mudada de
Quão grande realmente somos,
Quão pouco o controle que realmente temos,
Sobre o que realmente importa,
O Amor.
Por isso rezamos e lembramos que
Há medo sim.
Mas do ódio, não precisamos.
Há pânico de compras sim.
Mas da mesquinhez, não precisamos.
Há doença sim
Mas não precisa infetar a alma,
Até morte há,
Mas pode sempre haver um renascimento
Do amor.
Acorde para as escolhas que vc faz sobre como
Viver agora.
Respire, hoje.
Escute, atrás do barulho do seu pânico,
Os pássaros começam a cantar novamente,
O céu se limpa,
A primavera vem.
E sempre nos abrange o Amor,
Abre as janelas da alma.
Vc talvez não consiga tocar o outro,
do outro lado da praça,
Mas cante.
Tradução: Miriam Adelman
Há isolamento sim.
Há pânico de compras sim.
Há doença sim.
Porém
Dizem que em Wuhan após tantos anos de barulho
Se escuta de novo o cantar dos pássaros
Dizem que após apenas algumas semanas de quietude
Afinaram as nuvens de fumaça no céu,
Agora azul e cinza e claro.
Dizem que nas ruas de Assisi
O canto que as pessoas entoam,
umas para outras, atravessa as praças vazias,
E elas deixam suas janelas abertas
para que os que estão sozinhos
possam escutar sons de família
ao seu redor.
Dizem que um hotel no oeste da Irlanda
Está oferecendo refeições de graça com entrega
Para os confinados.
Hoje uma moça que conheço
Ocupa-se espalhando panfletos com seu
Número de telefone pelo bairro
Para que os velhinhos tenham a quem chamar
Hoje igrejas, sinagogas, mesquitas e templos
Se preparam para dar as boas-vindas
E abrir suas portas aos sem-teto, aos doentes e
Fatigados.
No mundo inteiro as pessoas já desaceleram,
refletem.
No mundo inteiro as pessoas já olham para
seus vizinhos de forma diferente.
No mundo inteiro as pessoas já acordam para
uma realidade mudada de
Quão grande realmente somos,
Quão pouco o controle que realmente temos,
Sobre o que realmente importa,
O Amor.
Por isso rezamos e lembramos que
Há medo sim.
Mas do ódio, não precisamos.
Há pânico de compras sim.
Mas da mesquinhez, não precisamos.
Há doença sim
Mas não precisa infetar a alma,
Até morte há,
Mas pode sempre haver um renascimento
Do amor.
Acorde para as escolhas que vc faz sobre como
Viver agora.
Respire, hoje.
Escute, atrás do barulho do seu pânico,
Os pássaros começam a cantar novamente,
O céu se limpa,
A primavera vem.
E sempre nos abrange o Amor,
Abre as janelas da alma.
Vc talvez não consiga tocar o outro,
do outro lado da praça,
Mas cante.
Tradução: Miriam Adelman
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