domingo, 1 de novembro de 2015

as gaivotas



Acordo para uma azulada luz, um quarto inundado de luz cobalto do pacífico, a janela aberta,  por onde entra uma gaivota. Ela é branquinha e grande.  Ouço o bater das suas asas, recebo seus olhos claros e tranquilos, seu  olhar quase humano..,  e de novo um bater de asas, e o meu assombro, É o flutuar de seu pequeno companheiro, com um mesmo olhar, me dizendo
                            paz.

Asa à asa, os pássaros levantam voo, uma volta pelo quarto e pela mesma janela que entraram, partem  para o azul, pelos ares, e para a água.  Na luz que de repente muda - de azulada para intensa e amarela, como o dia que ascende sobre o terreno do sonho -  eu me reconheço por fim, e justo do meu tamanho:

tão humano e tão apegado à terra.