Meu amigo, é muito simples.
Somos feitos da mesma matéria.
Tenho no meu peito a mesma
maquininha, um músculo vermelho
que pulsa, a mesma aorta púrpura. Respiro
o mesmo ar danificado.
Não possuo essência nenhuma.
Vivo o dia a dia nesta mesma cidade de velhos
portos, de marinheiros famintos, que um dia me oferece
abrigo, e no outro me furta todo o que tenho
de melhor. Pode meu desejo ser outra coisa?
Para você, uma mancha de tinta preta que
me desmente, para mim, um cálido passarinho
recém caído do ninho, que encontra suas asas.
_ Miriam Adelman
Somos feitos da mesma matéria.
Tenho no meu peito a mesma
maquininha, um músculo vermelho
que pulsa, a mesma aorta púrpura. Respiro
o mesmo ar danificado.
Não possuo essência nenhuma.
Vivo o dia a dia nesta mesma cidade de velhos
portos, de marinheiros famintos, que um dia me oferece
abrigo, e no outro me furta todo o que tenho
de melhor. Pode meu desejo ser outra coisa?
Para você, uma mancha de tinta preta que
me desmente, para mim, um cálido passarinho
recém caído do ninho, que encontra suas asas.
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