Vem
esconder-te aqui
bem
atrás do meu coração
de
lá verás
a
vida com os seus dentes longos.
Porque
é que o sol é tão pequeno
dizes
com as tuas palavras de criança
por
que não há o suficiente
para
todo o mundo?
porque
é que o céu está tão baixo
que
os meus brinquedos pendem dele?
Por
que razão esta chuva de lama, fetos
e
amantes desvairados na cidade!
Estas
mulheres que já não se cobrem
No cobrem
nada além do seu número
deitadas
uma ao lado da outra
por
um copo, um sonho,
um
cigarro?
Porque
uma mulher tão jovem
num
caminho tão nu
em
direção a esta casa sem janelas?
Por
que razão estes corredores, estas cortinas
estas
grades
esta
solidão
esta
sala de estar?
Mas
paciência dizes, Paciência
Já é
tão tarde dizes,
que
a água se desfaz
que
os homens na esquina
pisam
e sopram os dedos
vigiando
dizes
pela
primeira estrela
para desfazer a aurora.
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