Trabalhei já na tradução do poema de Duhamel, e estou ansiosa para deixá-la à disposição d@s leitores/as que tenho por aqui. Sugestões aceitas, como sempre.
Aliás, pretendo continuar o trabalho... o livro ("Kinky") como um todo é realmente genial.
Obrigada,mais uma vez, à Sabrina Lopes, pelas correções/sugestões.
Destino Manifesto.
Nas Filipinas
as trabalhadoras das fábricas
de bonecas de moda
recebem um bônus em dinheiro
se se esterilizam. Nas esteiras,
rodam com excesso de velocidade
pedaços de corpos.
Nada a ver com o famoso episódio da tv
quando Lucy e Ethel experimentam
um dia de trabalho, botando chocolates dentro de caixas
numa linha de produção nos Estados Unidos. Elas
enchem suas bocas com uma boa parte
dos doces que vêm velozmente, dão risadas
de baba marrom quando são despedidas porque
realmente não tem importância –
Ricky e Fred têm bons empregos.
Para provar que são eles mesmos
os que devem trabalhar,
os garotos fazem uma bagunça na cozinha
da Lucy, uma panela de arroz explodindo
como um vulcão branco. As mulheres
nas Filipinas e noutros lugares ponderam
o big business, os benefícios de descontinuar
a própria linhagem. Nos seus sonhos
estas mulheres embalam úteros de Toys R Us
enquanto uma Barbie estéril, seu cabelo preso
sob um capacete de Lucite, finca a bandeira da Mattel
numa lua que pouco convence.
-Denise Duhamel, tradução: Miriam Adelman.
("bringing words together") poesia, crônica, fotografia, tradução//poetry, stories, photography, translation ///// /// ©miriamadelman2020 Unauthorized reproduction of material from this blog is expressly prohibited
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Hum...vejo você como aquela grata "surprise", uma dádiva das Deusas... neste meio tempo livro, onde as letras encantam, encenam e reinterpretam o templo livro e na medida desmedida do cata-vento que gira livro e na esteira do livro-doce mais uma dose de livro é claro que....
ResponderExcluirassim se começa mais um...
"Assim era no princípio metáfora pura
suspensa no ar
Só bocas abertas
Inda balbuciantes
Querendo cantar
Por isso que sempre no início
A gente não sabe como começar
Começa porque sem começo
Sem esse pedaço não dá prá avançar
Mas fica aquele sentimento
Voltando no tempo faria outro som
Porque depois de um certo tempo
Tirando o começo até que foi bom
Por isso, melhor ter paciência
Pois todo o começo, começa e vai embora
O problema é saber se já foi
ou se ainda é começo
Porque tem começo que às vezes demora
Que passa um bom tempo
Inda não está na hora
Tem gente que nunca saiu do começo
Mas tem esperança de ser agora
Se todo o começo é assim
O melhor começo é o seu fim
Um dia ainda há de chegar
Um meio prá não começar
O meio (Luiz Talit)
E neste choque causado porque bastando sua existência estendo e entendo aqui minha "piração" de te curtir de forma intensa e subversiva já que prá sê-lo tem que ter hora e lugar. A liberdade de expressar o tempo livro ou aquilo que deste tempo não me livro.
Vai ser pouco mas será intenso... Miriam, que os bons ventos que te carregam e te trazem, impulsionem e ventilem e estravezem essa mulher que você configura. Edson dos Reis.
Muito obrigada, mesmo!!
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