(Eu, tentando dialogar com Germaine Calderón... e até saiu em português!)
Quando chegar a primavera
não irei me surpreender
com o sol repentino
ou tua mão fria
posando na minha nuca.
Nas estradas que um dia
amanheceram brancas
haverá apenas a esperança
sutil
de um calor que dure mais um pouco
de cores pequenas que despontem
do jasmim ou dos juncos que crescerão
na terra molhada,
e eu terei mudado em alguma coisa
desde o lugar onde hibernei
com meus ursos mansos
no oco de uma árvore esculpida
pelas décadas, saboreando apenas
amoras doces e cenas da vida,
e se por acaso houver alguma
aprendizagem,
aprendizagem,
será apenas das mais simples, com
as patas no barro escuro e fresco,
sabendo das chuvas e dos caminhos
enganosamente infinitos.
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