(Tradução corregida de poema meu, escrito ano passado
em inglês)
O homem que amava os cavalos
Ele era basicamente gentil, basicamente meigo.
Chamava os cavalos como só ele podia.
As orelhas do castanho tremiam, o baio arisco
levantava a cabeça, o tordilho vinha a galope
ao seu encontro, uma fina espuminha verde
no focinho. Ele saia na sua montaria
com as primeiras cores do céu da manhã,
seguindo as nuvens de poeira até a pradaria
sua busca sem fim pelos ursos, pelo Lobo
Prateado ou algumas vacas errantes.
Eu morava do outro lado da montanha,
de dia criando poções de milho e cactos,
de tarde, montando minha égua alazã
até a crista de rochas vermelhas, esperando
ser vista. Mas seus olhos fixavam-se sempre
nas colinas, ao longo do inverno ou na
estação dos juncos, ou quando o falcão
voltava por sobre o vale, seu escrutínio
de singular precisão. No começo
minha voz era forte. Eu cantava para ele,
e mais uma vez os cavalos levantavam
as orelhas, sacudiam as crinas embaraçadas,
relinchavam. Ele nunca me escutou. Ele
ouvia cavalos que o chamavam, a batida
dos seus cascos sobre o terreno,
e um longo e lento assobio
que poderia estar vindo
de um lugar qualquer
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