Vários meses já passaram sem nova postagem... Aliás,é a primeira vez que isto acontece desde que iniciei o blog, em 2008. Muitas viagens, muitas demandas para atender e pouco tempo para deixar fluir coisas "mais livres" ou traduzir poesia.
Percebo que vou continuar um pouco mais neste ritmo, pelo que opto, hoje, por compartilhar um trechinho do livro de Jeffrey Weeks,de título supra-citado. Estou gostando da crítica que ele faz, de vários autores/ perspectivas que já foram objetos de crítica minha também-- além dos abertamente conservadores, a de Zygmunt Bauman, por exemplo, cuja acolhida aqui no Brasil me parece muito "sem ressalvas" demais* . Este livro de Weeks, publicado em 2007, me parece, como um todo,um ótimo antídoto para as inúmeras tentativas de fazer um balanço sobre nosso momento histórico que circulam por aí que evitam incorporar nas suas análises um olhar
para as dimensões da vida social tão centrais - e tão profundamente vinculadas a "todo o resto" - que são as questões de gênero e sexualidade. Inclusive, me parece um absurdo tentar (re)pensar noções de política, cultura, comunidade, sujeito, "indivíduo" etc. sem contempla-las .... mas isto discutirei mais, pois pretendo postar uma resenha do livro depois de terminar a leitura!
"An emphasis on individual autonomy, and the individualization of moral choice, is, I argue, a characteristic feature of the contemporary world, but it is closely linked to values of reciprocity and mutual care, which are lived out in ordinary everyday life. I challenge currently fashionable theories about deficits in 'social capital' and argue that, on the contrary, despite huge and potentially disruptive changes in everyday life, there are both strong continuities in values and behaviour, and new sources of social capital that sustain life experiments. One important aspect of this is the rise of a 'friendship ethic', especially among
LGBT ... people, which underpins various ways of doing family, and which poses genuine challenges to heteronormative values... [the querying/queering of traditional institutions] throws new light on debates about rights, commitment and recognition..." (Weeks, p. XIII)
Com as devidas especificidades que diferenciam, entre outras coisas, realidades de "centros e periferias", e centros com suas periferias, e os centros das periferias, e lembrando -como nos disse a maravilhosa antropóloga colombiana-norteamericana Marcia Ochoa, quem esteve por aqui recentemente - La moda nace en Paris y muere en Caracas! E todo continua "aberto ao debate"... por supuesto!
* Ver meu texto, "Visões da pós-modernidade" publicado na Revista Sociologias (da UFRGS)
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