sábado, 25 de junho de 2011

Outro poema de Diane di Prima

Novos empreendimentos, novas traduções. Vai uma primeira versão
de mais um poema de Diane di Prima (disculpem, mas por algum motivo
não consigo manter o formato do poema ao passá-lo aqui para o blog):

THE LOBA ADDRESSES THE GODDESS/OR THE POET AS PRIESTESS ADDRESSES THE LOBA-GODDESS

A LOBA SE DIRIGE À DEUSA/OU A POETA COMO SACERDOTISA SE
DIRIGE À LOBA-DEUSA.

Não é a teu serviço que eu me desgasto
correndo em farrapos entre as colinas, levando as crianças
de carro para assistir filmes esquecidos? A teu serviço
vassoura e caneta. Os banquetes monstruosos
que servimos para os outros na varanda
(em casa temos só arroz e sal)
E vestimos nossa exaustão como um roupão pintado
Eu & minhas irmãs
resgatando a mercadoria de pais
avaros e moribundos

curando umas às outras c/água e ervas amargas
de jeito que quando ficamos nuas, de pé no círculo da luz
(do lado do poço pequeno, na pequena mata próxima)
não revelamos nenhum defeito, também nenhuma
beleza supérflua.
Foi-se, nas medidas da noite.
Ô Semente, Ô manto de estrelas, tentamos te capturar
esguio, de luto
esfarrapado, triunfante

desgrenhado como um gramado

nossa pele dói do parto/escuridão da lua.

versão: Miriam Adelman

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