segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Tradução, de novo...

Voltando ao trabalho de tradução de poetas que eu gosto, após meses de ausência relativa....

Eis aqui, primeira versão do poema original publicado em postagem anterior, Nocturne, do
poeta Frank O'Hara, associado à geração Beat.

Nocturne.



Não há nada pior
 do que estar triste e
não poder te contar.
Não é porque você me mataria
Ou porque isso te mataria, ou
porque não nos amamos.
É por causa do espaço. O céu
cinzento e claro, com sombras
de cor de rosa e azul embaixo
de cada nuvem.
Uma pequena aeronave derruba seu
pó sobre o prédio das Nações Unidas.
Meus olhos, como milhões de
quadradinhos de vidro, simplesmente refletem.
Tudo me revela,
De dia morro de calor e de noite,
congelo.  Eu sou feito
 para não suportar o rio, qualquer leve
ventania quebraria minhas fibras.
Porque não pego rumo ao leste e oeste
Em lugar de ao norte e ao  sul?
A culpa é do arquiteto.
Dentro de uns anos serei inútil, nem
sequer um prédio comercial. É, porque
você não tem telefone e mora
tão longe; a placa da Pepsi-cola
as gaivotas e o ruído.

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