domingo, 30 de junho de 2013

To the Harbor Master - Frank O'Hara






To the Harbormaster.

I wanted to be sure to reach you;
though my ship was on the way it got caught
in some moorings. I am always tying up
and then deciding to depart. In storms and
at sunset, with the metallic coils of the tide
around my fathomless arms, I am unable
to understand the forms of my vanity
or am I hard alee with my Polish rudder
in my hand and the sun sinking. To
you I offer my hull and the tattered cordage
of my will. The terrible channels where
the wind drives me against the brown lips
of the reeds are not all behind me. Yet
I trust the sanity of my vessel; and
if it sinks, it may well be in answer
to the reasoning of the eternal voices,
the waves which have kept me from reaching you.

- Frank O'Hara

Ao Mestre do Porto.

Queria ter a certeza de chegar até você;
mas meu navio estava no caminho quando enroscou-se
em algum ancoradouro. Sempre que o amarro
logo decido partir. Nas tempestades
e ao pôr do sol, com os espirais metálicos da maré
segurando meus braços incomensuráveis, não consigo
entender as formas da minha vaidade,
ou estarei de sotavento com o leme polonês
na minha mão e o sol se afundando no horizonte. Para
você ofereço meu casco e o cordame rasgado
do meu testamento. Os terríveis canais onde
o vento me joga contra os lábios escuros
dos juncos não estão todos no meu passado. Mas
eu confio na sanidade do meu barco: e se afundar,
pode bem ser em resposta
ao raciocínio das vozes eternas,
as ondas que me impedem  de te alcançar.

Versão:  Miriam Adelman

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