este poema meu de uns anos atrás:
os macacos
os macacos tagarelas me deixam sem palavras.
pendurada aqui no silêncio de um galho sem folhas
eu os observo, sua dança ágil,
e como no seu regozijo vão balançando de ramo em ramo
o rabo tão útil quanto mão ou pé,
e como lhes sobe a raiva e logo em seguida a alegria, e
quão fácil é reconciliar-se com filhote, parceiro ou o
resto do bando irrequieto, quão fácil
compartilhar as frutas vermelhas
que passam de pata
em pata
espero e observo da minha árvore distante,
uma plataforma improvisada que cede sob meus pés
no frio da madrugada.
o alaranjado sol africano sobe devagarinho
aqui, nesta ordem humana, onde
custa tanto aprender qualquer movimento
onde qualquer pulo é perigo.
os macacos
os macacos tagarelas me deixam sem palavras.
pendurada aqui no silêncio de um galho sem folhas
eu os observo, sua dança ágil,
e como no seu regozijo vão balançando de ramo em ramo
o rabo tão útil quanto mão ou pé,
e como lhes sobe a raiva e logo em seguida a alegria, e
quão fácil é reconciliar-se com filhote, parceiro ou o
resto do bando irrequieto, quão fácil
compartilhar as frutas vermelhas
que passam de pata
em pata
espero e observo da minha árvore distante,
uma plataforma improvisada que cede sob meus pés
no frio da madrugada.
o alaranjado sol africano sobe devagarinho
aqui, nesta ordem humana, onde
custa tanto aprender qualquer movimento
onde qualquer pulo é perigo.
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