terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Traduzi hoje...

este poema meu  de uns anos atrás:

os macacos

os macacos tagarelas me deixam sem palavras.

pendurada aqui no silêncio de um galho sem folhas
eu os observo, sua dança ágil,
e como no seu regozijo vão balançando de ramo em ramo
o rabo tão útil quanto mão ou pé,
e como lhes sobe a raiva e logo em seguida a alegria, e
quão fácil é reconciliar-se com filhote, parceiro ou o
resto do bando irrequieto, quão fácil
compartilhar as frutas vermelhas
que passam de pata
     em pata

espero e observo da minha árvore distante,
uma plataforma improvisada que cede sob meus pés
no frio da madrugada.
o alaranjado sol africano sobe devagarinho
aqui, nesta ordem humana, onde
custa tanto aprender qualquer movimento
onde qualquer pulo é perigo.







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